A Coroação do Novo Rei
Parte Final
Élfhain se preparava para atacar Korboc,
mas teria que passar na frente dos vários Elfos Negros que estavam naquele
lugar. O jovem elfo estava muito confiante devido o seu treinamento e os novos
poderes que ele vinha descobrindo. Para ele era questão de minutos para ver seu
terrível inimigo estirado no chão. E partindo em grande velocidade para cima de
Korboc, o garoto não percebera que sua mãe tentava avisá-lo de que aquilo era
um erro. Élfhain invocou vários galhos de árvores para retirar a barreira de
Elfos Negros que havia se formado em sua frente, e com o caminho livre, o jovem
começava a lançar energias brancas contra Korboc, que desviava de cada uma delas
sem maiores esforços.
_ Isso é tudo que você tem? - Falou o Elfo
Negro - Vai ser mais fácil do que eu imaginei. - Ele concluiu dando uma gargalhada
sombria.
O jovem não disse nada, apenas lançou mais
algumas energias enquanto corria, e de repente desapareceu na frente do inimigo,
mas Korboc era astuto, e vendo que o inimigo ficara invisível, tratou de se mover
rapidamente de um lado para o outro. Korboc invocou uma grande bola negra de
energia e soltou em ambas as direções do salão, acertando em cheio no garoto. Ainda
um pouco desnorteado devido o ataque que recebera, Élfhain começou a revidar. E
ficou assim por algum tempo; um atacava, o outro desviava. Depois vinha um contra
ataque, e o outro conseguia desviar. Foi nesse momento que o jovem elfo teve
uma ideia. Ele fingiu ser atingido por um dos ataques de Korboc e se jogou no chão
parecendo estar inconsciente. Korboc acreditando ter vencido, aproximou-se
confiante do jovem caído e o segurou pelo pescoço. Nesse momento Élfhain abriu
os olhos e tocou na cabeça do inimigo com as duas mãos, começando assim a drenar
a energia do Elfo Negro. De alguma forma Korboc conseguiu se desvencilhar da drenagem
de energia, e começou a lançar ataques mais fortes e efetivos contra Élfhain. Sem
entender como, o garoto agora começava a se mover rapidamente como Korboc
fizera antes, e a contra atacar com ataques mais fortes e pesados.
Depois de uma longa batalha, Élfhain
conseguiu vencer Korboc, pois ele descobrira que tinha o dom de aprender as habilidades
de seus adversários e conseguia usá-las contra eles mesmos. E foi com as próprias
habilidades de Korboc, que Élfhain o venceu. Agora o Elfo Negro estava derrotado,
mas permanecia vivo para conviver com a humilhação de ter que aceitar o reinado
de um jovem elfo. Élfhain resgatou sua mãe, e partiram juntos para o território
dos Elfos da Luz.
Algum tempo depois da derrota de Korboc, Élfhain
já estava pronto para se tornar rei. Por alguns dias ele ficou com a mãe
esclarecendo os diversos assuntos inacabados e descobrindo o amor que um tinha
pelo outro.
No dia da cerimônia de coroação, a
Princesa Lhóryen segurava a coroa na mão enquanto o jovem elfo caminhava a seu
encontro com uma bela veste real e um sorriso iluminado pela alegria. Quando Élfhain
já estava de frente para Lhóryen, a princesa disse apenas uma frase depois de
colocar a coroa na cabeça do filho:
_ Vida longa ao Rei Élfhain.
_ Vida longa ao rei! - Repetiam os demais
elfos como eco naquele salão.
O sacerdote aproximou-se cuidadosamente do
jovem, deu-lhe um abraço apertado e virou-se para os demais gritando:
_ Depois do dia de hoje, o Reino de Álfheim
passa a ser chamado de Reino de Élfhain.
Foi uma grande festa por vários dias
naquele reino, todos se alegravam e comemoravam a grande vitória e a coroação
do novo rei. Uma semana após a coroação, Élfhain convoca uma reunião com os
principais do reino. Sem demora, todos atenderam a solicitação comparecendo
rapidamente.
_ Quero informar a todos, que a partir de
hoje, a princesa Lhóryen estará no reinado enquanto eu permanecer fora.
_ E
para onde vossa majestade vai? - Perguntou um dos Elfos de Alto Grau.
_ Eu vou passar uma temporada com meu pai.
- Ele fez uma expressão de tristeza enquanto dizia. - Sinto muita falta dele,
preciso encontrá-lo logo.
Todos os que ali estavam perceberam a
tristeza nos olhos do jovem, e talvez por isso ninguém questionou.
Depois que tudo estava em ordem e o reino
estava seguro, Élfhain partiu atravessando o portal proibido.
Lucas estava assentado na cadeira da
cozinha tomando uma xícara de café, enquanto olhava distraído pra uma foto de Élfhain.
Sua respiração era pesada e vagarosa; seu olhar estava caído, e olheiras surgiam
no seu rosto. Parecia que ele não dormia bem durante dias e que também passara
a não se importar com a aparência, pois ele estava todo desarrumado. A tristeza
tomava conta de sua expressão quando ele falou sozinho:
_ Onde esta você meu filho? - Ele falou
repousando a xícara na mesa.
_ Estou aqui pai! - Falou o garoto próximo
ao ouvido de Lucas.
_ Eliel? É você filho? - Lucas disse
enquanto se levantava e começava a abraçar o filho. - Onde você estava?
_ Isso é uma longa história. - Disse o
garoto sorrindo. - Mas sente-se aí pai, vou te contar tudo o que aconteceu
desde o começo. - Ele fez uma pausa breve e continuou. - Você deve saber que tenho
outro nome, e que alguns seres me chamam de Élfhain. - Ele deu um largo
sorriso, e olhando no fundo dos olhos do pai, continuou. - Para começar essa
história o senhor tem que me dizer se ainda se lembra de alguma coisa sobre O
Reino de Álfheim.
Fim.
Obs.:Para comentar, basta clicar na palavra COMENTÁRIOS abaixo!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Para postar um comentário, você deve digitar sua mensagem onde está escrito DIGITE SEU COMENTÁRIO.
Quando tiver concluído, dê um clique na seta de frente para COMENTAR COMO e selecione a última opção, cujo nome será ANÔNIMO.
Depois de feito isso, basta clicar em publicar.
Pronto! Seu comentário aparecerá abaixo do conto.