Eu dormia tranquilamente quando o
despertador tocou no criado mudo que ficava encostado do meu lado da cama. Eram
seis e meia, e uma preguiça fora do comum tomava conta do meu corpo inteiro,
mas não havia outra solução que não fosse me levantar e encarar mais um início
de dia. Olhei para o lado e vi que Pedro; meu namorado; ainda dormia, e parecia
que não acordaria tão cedo, e ele estava certo, pois trabalharia bem mais
tarde, e se eu também pudesse, dormiria durante todo o restante do dia. Levantei-me
cuidadosamente, peguei uma toalha no guarda roupas e segui ainda sonolenta para
o banheiro. Depois de tomado o meu banho, vesti uma roupa leve e confortável, e
fui para a cozinha tomar um delicioso capuchino com um pouco de chantilly por
cima. Nossa, estava maravilhoso. Pensei em tomar mais um pouco, mas já eram
sete horas, e eu só teria meia hora para enfrentar o trânsito e chegar ao meu
trabalho. Sorte que eu trabalhava próximo de casa, pois de carro eu gastava uns
quinze minutos, o grande problema era o trânsito que começava a se formar à partir das seis e meia. Eu era gerente de um famoso laboratório de exames clínicos,
e as chaves da porta ficavam comigo; eu tinha que chegar; abrir a porta de
entrada para que os outros funcionários pudessem começar a atender o público.
Eu não ia em casa almoçar, comia em um restaurante ao lado do trabalho; com isso eu
ganhava tempo e podia sair uma hora mais cedo. O dono do laboratório era o responsável
por fechá-lo no fim do expediente; pois ele ficava alguns minutos após o fim do
horário de atendimento ao público. Assim que eu saia do meu trabalho,
atravessava a rua e ia malhar em uma academia que ficava no segundo andar do prédio
em frente ao laboratório. E essa rotina se repetia de segunda a sexta-feira, e
nos finais de semana eu fazia alguma coisa com Pedro.
Eu acabava de sair da academia quando uma
tonteira súbita me tomou e me lançou contra o chão. Perdi as forcas de meu
corpo e senti uma forte sensação de desmaio. Vi que o instrutor da academia veio
correndo com mais dois alunos, me pegaram em seus braços e me colocaram deitada
em cima de um colchonete, enquanto a secretária ligava para a emergência. A ambulância
demorou cerca de oito a dez minutos, depois disso não me lembro mais o que
aconteceu até acordar no hospital. Eles me disseram que eu havia desmaiado, que
já tinham coletado alguns frascos com meu sangue e que eu já estava medicada. Perguntei
para uma técnica de enfermagem o que eu tinha; ela por sua vez desconversou e
disse que ia chamar a enfermeira. Meia hora depois surge um homem que julguei
ser o médico, mas para meu azar era o enfermeiro chefe. Ele trazia em uma das mãos
vários frascos para coleta de sangue e na outra uma seringa com agulha. Logo de
cara perguntei para ele o que havia dado nos resultados e o que eu tinha. Ele não
disse quase nada.
_ Boa noite... - Ele fez uma pausa e leu
meu nome no prontuário que estava afixado em uma prancheta pendurada na parede.
- Boa noite Alessandra. Sou o enfermeiro chefe dessa ala do hospital e estou
aqui para coletar um pouco do seu sangue. - Disse ele já passando álcool no meu
braço com um pedaço mínimo de algodão.
_ Ai! - Foi o que eu disse quando me
assustei com a picada da agulha. Olhando para ele que estava de cabeça baixa e
concentrado no que fazia,questionei novamente. - O que é que eu tenho? Qual foi
o resultado do exame que fizeram mais cedo?
_ O médico virá mais tarde para conversar
com você assim que obtivermos os resultados de todos os exames que fizermos com
você.
_ Vocês vão fazer mais algum outro exame?
_ Acredito que sim!
_ E por que disso tudo? - Perguntei já
ficando preocupada.
_ Isso não sei dizer. - Ele concluiu o
procedimento e me olhou nos olhos. - Melhor esperarmos o médico, somente ele pode
dar uma avaliação precisa do seu caso.
_ Meu caso? - Eu falei vendo ele saindo do
quarto. - Como assim meu caso?
Passei o restante da noite fazendo exames atrás
de exames, e nada do médico aparecer. Cansada de esperar, acabei adormecendo.
Acordei por volta de oito e vinte. Não
tinha fome alguma, e demorei um pouco pra perceber que Pedro olhava pela janela
do quarto. Ele estava de costas para mim, mas aquele cabelo e aquele corpo
magro que ele tinha, era impossível de confundir.
_ Pedro. O que faz aqui?
Ele virou-se tranquilamente, deu um
sorriso confiante e largo, aproximou-se de mim e me deu um beijo doce e quente.
_ Bom dia minha linda. - Foi o que ele me
disse primeiro. - Como se sente?
_ Estou me sentindo melhor. - Alisei o
rosto dele. - Como soube que eu estava aqui?
_ Uma colega sua do laboratório ligou pra mim!
_ Como ela sabia que eu estava aqui?
_ Ela me disse que chegou com urgência um
pedido específico de exame,e quando ela foi ver o nome,descobriu que era o seu.
_ Qual exame era esse?
_ Não sei dizer. Ela não me falou. - Ele
respirou fundo. - Na verdade eu nem perguntei, fiquei desesperado quando soube
que você tinha vindo para cá, e desliguei o telefone na cara dela.
_ E eles te falaram alguma coisa?
_ Eles quem, Alessandra?
_ Os enfermeiros ou o médico.
_ Não. Até então não sei de nada.
Ele acabava de falar quando um homem
vestindo roupas brancas entrava no quarto. O crachá pendurado em seu pescoço dizia
o nome e a profissão dele. E antes que ele pudesse se apresentar ou até mesmo
de pensar em abrir a boca, Pedro tomou a frente.
_ Amor, tenho que dar uma saída rápida.
Volto em algumas horas.
_ Espere. Vamos conversar com o médico.
_ Não preciso esperar. Sei que você não
tem nada. - Ele já estava na porta. - Qualquer coisa depois você me conta.
Beijos. Te amo.
Então o médico olhou para mim e foi se
apresentando.
_ Bom dia Alessandra. Eu sou o Dr.
Emanuel. Sou eu quem vai cuidar de seu caso!
_ Meu caso? - Perguntei aflita. _ Como
assim doutor? Tenho algo grave?
_ Estou esperando o resultado de um último
exame. Só assim posso dar a certeza
do que você tem!
_ Mas você deve ter alguma suspeita! - Afirmei com muita convicção.
_ Sim, eu tenho. - Ele afirmou sem rodeios.
- Peço que você mantenha a calma. Afinal
de contas, ainda são só suspeitas.
- Estou calma doutor, pode falar!
- Bem... - Ele pausou por alguns segundos
e depois continuou. - Acredito eu, que após ter avaliado alguns exames, cheguei a suspeita de que você está com leucemia.
Aquelas palavras me soaram muito pesadas.
Naquele momento achei que meu mundo tinha chegado ao fim. Como aquilo poderia
ser verdade se eu era cheia de saúde? Eu
preferia acreditar que as suspeitas do Dr. Emanuel estavam completamente
erradas. Mas para a minha infelicidade as suspeitas do médico estavam corretas, pois meia hora após a
primeira notícia, chegou o exame que
confirmava tudo. O pior de tudo, era que justamente naquele dia, Pedro não
apareceu mais. Mas achei até que foi
melhor assim, pois passei todo o restante da tarde pensando no que eu iria
fazer. Quando eram por volta das vinte e duas horas cheguei a conclusão que eu
não contaria nada para Pedro; pelo menos por enquanto. Logo q acordei no outro
dia tive a notícia de que iniciaria o tratamento imediatamente.
Nos primeiros cinco dias que eu iniciara o tratamento, Pedro estava comigo, mas em momento algum ele me questionou sobre o que eu tinha, e gostei disso. Os dias iam se passando e Pedro ali comigo. Em uma tarde, quase no pôr do sol, Dr. Emanuel me da a péssima noticia de que eu precisava de um transplante de medula urgente. Aquilo acabou comigo, e mais uma vez eu escondi de Pedro, que por sua vez, aparecia cada vez menos. Meu amado namorado ia uma a duas vezes no dia me ver, e ficava um pouco mais que vinte minutos e ia embora; bem diferente do inicio que ele ficava quase o dia inteiro do meu lado. Mas eu não podia culpá-lo, de certa forma ele não tinha a obrigação de ficar com uma namorada doente.
Os dias iam se passando, e minhas esperanças
já chegavam ao fim. Pedro, quase não ia me ver mais, aparecia duas ou três
vezes na semana, e isso me destruía mais que a própria doença. Um dia que ele
estava no quarto comigo, o celular dele toca, e por estar do meu lado, pude ver
o nome de quem ligava. Estava escrito Cláudia ligando. Ele saiu do quarto antes
de atender, e pra mim, aquilo já estava quase impossível de suportar. Naquele
dia eu chorei muito. Não queria acreditar, mas eu tinha quase certeza de que o
meu grande amor estava me traindo. Ele não voltou mais, e só apareceu
novamente, dois dias depois. Eu estava um pouco sonolenta, mas pude ver ele
conversando com uma bela jovem, e com certeza ela era mais bonita do que eu.
Até então tudo estava normal, porém eles se abraçaram de forma intima e
carinhosa; foi ai que eu desabei. Pedro entrou no quarto e me viu chorando
muito. Eu chorava tanto que eu soluçava. Ele olhou pra mim com um olhar de quem
não sabia o que estava acontecendo e foi me perguntando:
_ O que aconteceu meu amor? - Ele disse e
veio pegando em minha mão.
_ Pedro, eu quero terminar tudo com você.
- Afirmei puxando a minha mão da mão dele. - Eu estou muito doente e não quero
te condenar a conviver com esse problema. - Lágrimas corriam dos meus olhos. -
Eu sei que você arranjou outra mulher, não precisa fingir.
_ Quem te disse esse absurdo?
_ Não é absurdo. Eu vi você com uma mulher
antes de entrar aqui.
_ Você entendeu tudo errado. - Disse ele
sorrindo. - Aquela mulher... - Eu o interrompi. - Quero que vá embora e não
volte mais. - Ele tentou falar algo e eu não quis ouvir. Então continuei
falando. - Vá embora, não estou me sentindo muito bem. - Ele saiu sem dizer mais
nada.
No outro dia eu amanheci péssima, tinha a sensação
que aquele seria meu último dia. Mas como um anjo, o Dr. Eduardo entrou no
quarto com um sorriso que cabia o mundo inteiro dentro da boca e me disse:
_ Surgiu uma doadora compatível. Vamos
fazer o transplante com urgência.
Eu não consegui dizer nada, nem ao menos
sorrir. Um cansaço enorme acabara com a maior parte de minhas forças. Pois
depois das
palavras dele, eu acabei dormindo.
Dias se passaram e eu fui transplantada com sucesso. Tudo estava começando a ficar melhor pra mim, e as coisas finalmente estavam entrando nos eixos. Eu estava começando a ficar feliz e não via a hora de sair dali e dar a volta por cima. Às vezes eu me lembrava de Pedro; sentia saudades; mas ele não me merecia, pois me traiu quando eu mais precisava dele. Não tive mais notícias do meu ex namorado, e também não havia ninguém que eu pudesse perguntar algo sobre ele. Desencanei desse assunto e pedi ao Dr. Emanuel que me apresentasse a pessoa que foi compatível comigo, pois se não fosse essa pessoa, talvez eu nem estaria mais por aqui. O médico disse que era meu dia de sorte, pois a pessoa compatível esperava do lado de fora do quarto para ter certeza que eu estava bem e que queria me entregar um envelope. Pedi urgentemente que essa pessoa entrasse. Me ajeitei na cama, abri um largo sorriso e esperei a pessoa entrar.
Eu quase desmaiei de raiva quado vi uma mulher atravessar a porta e olhar pra mim com um sorriso iluminado. Me irritei porque a minha doadora era a mesma mulher que vi abraçando Pedro no dia que terminei tudo com ele. Ela carregava um envelope aveludado na cor carmesim; olhando para mim e estendendo a mão para me saudar, ela se apresentou.
_ Olá Alessandra. Meu nome é Cláudia. - Ela apertou minha mão com uma certa força. - Prazer em conhecê-la.
Eu a odiava por ter sido culpada pelo fim do meu relacionamento, mas tinha uma dívida de vida por ter sido a doadora que me salvou da morte. Passei por cima do orgulho e a saudei. Tivemos uma conversa rápida o suficiente para nos apresentar e ela poder me entregar o envelope carmesim.
_ Esse envelope é do Pedro. - Disse ela estendendo-o até mim. - Antes de ir embora, ele me pediu que te entregasse.
_ Não quero nada dele! - Afirmei furiosa.
_ Peço que ao menos leia. Tem algo aí que vai mudar tudo o que você está pensando dele nesse momento.
_ Não vou ler nada. - Falei gritando. - Pode levar esse envelope de volta.
_ Não vou levar. - Disse ele colocando o envelope no pé da minha cama. - Tenho que ir. Se não quiser ler, jogue fora você mesma. - Ela seguiu em direção à porta e finalizou dizendo. - Foi um imenso prazer em conhecê-la. Até depois.
Ela saiu e não disse mais nada. Eu por minha vez fiquei encarando aquele envelope durante todo o restante do dia. Quando foi por volta da zero hora, peguei aquele monstro que estava sob meus pés, abri com cuidado e comecei a ler.
Olá meu amor.
Dias se passaram e eu fui transplantada com sucesso. Tudo estava começando a ficar melhor pra mim, e as coisas finalmente estavam entrando nos eixos. Eu estava começando a ficar feliz e não via a hora de sair dali e dar a volta por cima. Às vezes eu me lembrava de Pedro; sentia saudades; mas ele não me merecia, pois me traiu quando eu mais precisava dele. Não tive mais notícias do meu ex namorado, e também não havia ninguém que eu pudesse perguntar algo sobre ele. Desencanei desse assunto e pedi ao Dr. Emanuel que me apresentasse a pessoa que foi compatível comigo, pois se não fosse essa pessoa, talvez eu nem estaria mais por aqui. O médico disse que era meu dia de sorte, pois a pessoa compatível esperava do lado de fora do quarto para ter certeza que eu estava bem e que queria me entregar um envelope. Pedi urgentemente que essa pessoa entrasse. Me ajeitei na cama, abri um largo sorriso e esperei a pessoa entrar.
Eu quase desmaiei de raiva quado vi uma mulher atravessar a porta e olhar pra mim com um sorriso iluminado. Me irritei porque a minha doadora era a mesma mulher que vi abraçando Pedro no dia que terminei tudo com ele. Ela carregava um envelope aveludado na cor carmesim; olhando para mim e estendendo a mão para me saudar, ela se apresentou.
_ Olá Alessandra. Meu nome é Cláudia. - Ela apertou minha mão com uma certa força. - Prazer em conhecê-la.
Eu a odiava por ter sido culpada pelo fim do meu relacionamento, mas tinha uma dívida de vida por ter sido a doadora que me salvou da morte. Passei por cima do orgulho e a saudei. Tivemos uma conversa rápida o suficiente para nos apresentar e ela poder me entregar o envelope carmesim.
_ Esse envelope é do Pedro. - Disse ela estendendo-o até mim. - Antes de ir embora, ele me pediu que te entregasse.
_ Não quero nada dele! - Afirmei furiosa.
_ Peço que ao menos leia. Tem algo aí que vai mudar tudo o que você está pensando dele nesse momento.
_ Não vou ler nada. - Falei gritando. - Pode levar esse envelope de volta.
_ Não vou levar. - Disse ele colocando o envelope no pé da minha cama. - Tenho que ir. Se não quiser ler, jogue fora você mesma. - Ela seguiu em direção à porta e finalizou dizendo. - Foi um imenso prazer em conhecê-la. Até depois.
Ela saiu e não disse mais nada. Eu por minha vez fiquei encarando aquele envelope durante todo o restante do dia. Quando foi por volta da zero hora, peguei aquele monstro que estava sob meus pés, abri com cuidado e comecei a ler.
Olá meu amor.
Você deve estar pensando horrores a meu respeito.
Deve imaginar o quão insensível e errado fui com você.
Confesso que errei. Errei muito.
Mas espero ao menos mudar sua opinião sobre mim.
Então...
Sei que no momento que você mais precisava, eu estive ausente.
Mas tive boas razões para isso.
Você deve achar que eu nem soube o que você tinha.
Mas eu soube de tudo antes mesmo que você viesse a saber.
Eu havia conversado com o médico, e ele me contou da sua doença.
Quando soube o que você tinha, tentei agir antes que tudo ficasse pior.
É isso mesmo, eu resolvi fazer algo.
Fui atrás de familiares seus e meus. Procurei todos os amigos que tínhamos.
Eu precisava de um doador compatível para você, já que eu não era!
Essa correria me levou muito tempo.
Tempo esse que eu tinha para ficar com você.
Confesso que não foi fácil... não foi mesmo.
Mas depois de muitas buscas,
achei uma prima distante que se enquadrou perfeitamente
às nossas necessidades. É isso aí.
A Cláudia é uma prima que eu não via há muito tempo.
Pedi socorro, e ela me atendeu prontamente.
Pois ligou para o meu celular para dizer que faria os testes.
Quando eu soube que ela era compatível, deu um abraço nela.
Isso mesmo! Aquele abraço que você viu.
Não estou te julgando, sei que você também estava tão desesperada quanto eu.
Você deve estar pensando ai. Como ele compara o desespero dele ao meu?
Comparo sim. Porque eu não queria imaginar como seria viver sem você.
Isso não importa mais. O importante é que agora sei que está bem.
Não tenho mais você. Mas a gente não pode ter tudo que quer nessa vida né?
Torço para que você fique bem, e que tudo dê certo novamente.
Pois você merece.
Estou buscando novos caminhos em outros lugares.
Eu não suportaria te ver e não poder te ter. Então... parti.
Fique bem meu amor. Cuide bem de você mesma.
Lembre-se que deu muito trabalho pra te ver assim...
Mas valeu muito a pena.
Grande beijo.
P.S.: Ainda Te Amo.
Eu não acredito que coloquei tudo a perder por julgar algo que vi sem nem mesmo saber. Eu nem deixei ele se explicar e fui julgando. Fiquei imaginando se agora seria tarde para procurá-lo. Nem quis saber... peguei meu celular; procurei o nome de Pedro na lista e percebi que ainda estava escrito "Amor"; apertei o botão de chamar e esperei a ligação completar. Chamou poucas vezes... então ouvi ele dizer:
_ Fala comigo!
_ Pedro?
_ Sou eu Alessandra. - Disse ele com uma voz tranquila.
_ Recebi sua carta. - Não dei tempo dele dizer nada mais. - Queria me desculpar por ter entendido tudo errado. - Comecei a chorar. - Na verdade eu queria você aqui. Tenho a chance de ter você de volta? Você foi embora para onde?
_ Você queria me ver agora? - Ele pausou. - Queria me ver para que?
_ Queria te ver para poder dizer pessoalmente o quanto eu amo você!
Antes que eu pudesse continuar falando, percebi que ele havia desligado. Procurei não pensar nada. Se ele havia desligado ou se a ligação tinha caído, já não importava mais. Eu que estava errada o tempo todo. Esperei para ver se ele me ligava de volta, e ele não ligou. Quando eu começava a chorar, alguém abriu a porta do quarto e entrou. Era Pedro.
_ Você não foi embora! - Eu disse com mais felicidade que o normal.
_ Não consegui. Eu tinha que te observar nem que fosse de longe. - Ele se aproximou de mim. - Eu nunca saí de perto de você. Estive lá fora o tempo todo querendo saber como você estava.
Ele me abraçou e me deu um beijo quente que acalmou o meu coração como se fosse um tranquilizante muito potente. Então olhando no fundo dos olhos dele eu perguntei:
_ Pensei que você tivesse deixado de me amar.
Ele sorriu; me deu um beijo na testa e disse:
_ Deixarei de te amar por um único motivo. - Então ele se calou.
_ E qual motivo é esse? - Perguntei ansiosa pela resposta.
_ Deixarei de te amar no dia que existir noites com sol e dias com lua!
Obs.:Para comentar, basta clicar na palavra COMENTÁRIOS abaixo!
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Você se superou cara. Espero o próximo.
ResponderExcluirObrigado!
ExcluirTomar decisões às escuras, só nos trás péssimas consequências. Parabéns pelo blog. Estou curtindo cada conto.
ResponderExcluirConcordo plenamente. Obrigado por estar acompanhando. Fique à vontade.
ExcluirVei na boa q conto foi esse? muito bom Warley, parabéns o//* a cada conto vc tem se superado mais... Top, Top, Top...
ResponderExcluirTmb gostei muito desse! Vlw Obelix!
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