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segunda-feira, 31 de março de 2014

Departamento Central - Assassinatos em Série

Capítulo 12 - Aumentando as Suspeitas




     Enquanto Miguel Matarazzo era levado de volta para a cela dele, Cristian mandava mais uma testemunha entrar. Diana entrou na sala e foi logo assentando-se. Sabrina já a aguardava com a pasta do caso aberta em cima da mesa.
     _ Olá Diana, tudo bem com você?
     _ Estou sim Sabrina, e com você?
     _ Estou ótima! - Disse a investigadora quase que como um canto. - Principalmente pelos rumos que as investigações têm tomado. - Ela deu uma olhada rápida na pasta e começou. - Diana, há quanto tempo você trabalhava com Larissa?
     _ Ia fazer três anos no mês que vem.
     _ Ela saía com mais alguém que não fosse o namorado dela? Ela conversava com mais alguém que não fosse o Guilherme?
     _ Conversasse com quem? - Perguntou Diana confusa.
     _ Conversasse com aquele homem que você falou que vai todos os dias à lanchonete!
     _ Ah sim, você está falando do Paulo!
     _ Isso! São tantos nomes que eu lido todos os dias, que uma hora ou outra acabamos nos confundindo. - Disse Sabrina dando uma olhada para Cristian e corrigindo o furo que ela deu.
     _ Ela nunca saiu com mais ninguém que não fosse o Rodrigo e eu. Na verdade a Larissa não tinha amigos, era somente o namorado e eu como amiga. - Ela pensou um pouco e disse. - E quanto ao Paulo, ele não voltou mais lá desde a morte de Larissa. - Ela abaixou a cabeça. - Acho que no fundo ele queria era a Larissa mesmo!
     _ Eu tentei falar com os pais dela, mas o telefone só dava desligado. Você tem alguma informação deles?
     _ Fiquei sabendo que faz dois anos que eles se mudaram da cidade e não disseram para onde foram. - Ela olhou ao redor procurando por câmeras e então continuou. - Posso dizer uma coisa que ficará só entre nós?
     _ Claro que pode. - Disse Sabrina dando uma piscada para ela. Claro que a investigadora estava enganando Diana, pois tudo que ela dissesse naquela sala, seria anexado ao caso através do escrivão. - Pode falar.
     _ A Larissa não se dava muito bem com os pais desde o dia que ela... - Então ela se calou.
     _ Desde o dia que ela, o que? - Perguntou Sabrina curiosa. - Diga-nos, ela o que?
     _ Desde o dia que ela soube que era adotada.
     _ Então Larissa era adotada? Faz quanto tempo que ele descobriu?
     _ Sim! Os pais dela contaram há uns cinco anos atrás. - Ela respirou fundo. - De certa forma precisaram contar, pois ela teve uma acidente e precisou de transfusão de sangue, e os pais não puderam doar porque não eram compatíveis com ela.
     _ Interessante. Com certeza é muito mais fácil descobrir que se é adotada, quando ainda é criança. - Ela se distraiu por alguns minutos e então voltou a dizer. - Você se lembra de mais alguma coisa importante que queira nos contar? Algo que possa ter acontecido na lanchonete que causou raiva em alguém?
     _ Não! Nada de incomum.
     _ Estou satisfeita. - Falou Sabrina colocando-se de pé e estendendo a mão para Diana. - Você está dispensada.
     _ Obrigada! - Falou a moça apertando a mão de Sabrina.
     Diana saiu da sala e assentou-se em um banco ao lado de Rodrigo, que estava do lado de fora aguardando a vez dele ser ouvido. Assim que Diana saiu, Cristian chamou por Rodrigo. O rapaz entrou na sala e fiou em pé olhando para Sabrina que fazia algumas notações em um pedaço à parte de papel.
     _ Sente-se Rodrigo. - Disse a investigadora indicando a cadeira. - Você sabia que a Larissa era adotada?
     _ Sim! Eu sabia. Inclusive foi para minha casa que ela foi quando descobriu isso!
     _ Antes dela saber dessa informação, ela se dava muito bem com os pais? Você se dava bem com eles?
     _ Ela sim, mas depois que começamos a namorar, tudo mudou. Os pais dela ficaram diferentes com ela, pois não aceitavam o nosso namoro. 
     _ Por qual razão eles não aprovavam o namoro de vocês?
     _ Porque eu sempre fui pobre.
     _ Mas você tem um apartamento em seu nome, segundo os dados que puxei sobre você!
     _ Ganhei de minha mãe antes dela falecer.
     _ E seu pai? Tem contato com ele?
     _ Meu pai não existe. Eu só tinha minha mãe. O homem que me fez, deixou minha mãe grávida e sozinha.
     _ Quero saber se você tinha conhecimento que Larissa conversava com um homem chamado Paulo? E que conversavam todos os dias.
     _ Eu sabia sim.
     _ Ela te contou ou você viu?
     _ A Diana me contou.
     _ Tenho reparado que você e Diana se dão muito bem. Vocês são amigos há muito tempo?
     _ Sim. Nos conhecemos antes mesmo de começarmos a trabalhar na lanchonete. Nós moramos na mesma rua desde a infância.
     _ Você já deu algum amasso nela? - Perguntou Cristian repentinamente.
     Rodrigo deu uma olhada assustado para o investigador, sorriu sem graça e olhou para Sabrina esperando ela dizer alguma coisa.
     _ Pode responder. - Falou Sabrina sorrindo discretamente.
     _ Quando mais novo sim. - Ele pausou. - Ela falou alguma coisa disso para vocês?
     _ Não! - Afirmou Sabrina ficado antenada. - Deveria ter dito algo?
     _ Não!
     Cristian andou pela sala e parou do lado de Sabrina, olhou no fundo dos olhos de Rodrigo, e com uma expressão séria, ele falou.
     _ Pode confessar, você andou dando uns pegas em Diana mesmo namorando com Larissa. - Cristian sorriu. - Também sou homem rapaz, e sei identificar quando um cara está pegando uma garota ou quando está afim dela.
     O rosto de Rodrigo ficou vermelho; ele abaixou a cabeça e sem graça disse.
     _ Nós ficamos uma vez. Foi em um dia que Larissa e eu tínhamos brigado. Então Diana veio me consolar, e acabou rolando.
     _ Típico. - Disse Mirella espontaneamente. 
     _ Larissa chegou a descobrir sua traição? - Sabrina perguntou ignorando o comentário de Mirella.
     _ Descobriu. - Ele abaixou a cabeça novamente. - A Diana acabou contando a ela.
     _ E o que aconteceu?
     _ Nós brigamos. Ficamos um tempo sem nos falar, mas depois acabamos voltando.
     _ Nesse tempo separados, você não dormiu com a Diana novamente não? Isso faz quanto tempo?
     _ Não! Foi só uma vez mesmo desde o tempo que namorava com a Larissa. Isso já faz nove meses.
     Sabrina passou algumas páginas da pasta, leu uma informação e continuou.
     _ Você sabia que ela estava grávida?
     _ Ela quem? - Perguntou Rodrigo com uma expressão de surpresa. - Quem estava grávida?
     _ Que mais poderia ser? - Disse Cristian. - A Larissa. - Isso prova que você está mentindo. Pois se você tivesse ficado há nove meses com a Diana, você saberia que ela não estava grávida. Isso significa que você ficou mais vezes com a Diana, e isso foi recente.
     _ Eu não sabia que a Larissa estava grávida não. O bebê tinha quanto tempo de vida?
     _ Diz aqui na ultrassonografia que haviam oito semanas. Era muito recente. - Sabrina olhou novamente para o papel. - Quando foi a última vez que você ficou com a Diana?
     Rodrigo com uma expressão de tristeza, deixou uma lágrima rolar do rosto dele.
     _ Fiquei com Diana três dias antes da morte da La. - Ele chorava. - Eu ia ser pai. E um desgraçado qualquer tirou isso de mim.
     _ Então você não faz a menor ideia de que a Diana sabia!
     _ Ela sabia? - Ele fez uma expressão de raiva. - Por que ela não me contou? Como você sabe disso?
     _ Provavelmente a Larissa queria contar. - Ela pausou para ler algo na pasta. - Segundo o depoimento coletado pelo ginecologista dela; o Dr. Bartolomeu; Larissa fez o ultrassom acompanhada de uma amiga chamada Diana.
     _ Entendi. Mesmo assim depois que a La morreu, ela deveria ter me falado. Ela sabia o tempo todo que eu sempre quis ter um filho.
     _ Pense pelo lado positivo, você ainda pode ter um filho com a Diana, já que você pega ela. - Cristian falou de forma seca
     _ Não posso ter filho com a Diana, mesmo se eu quisesse.
     _ Por que não?
     _ Porque a Diana é estéril!
     Os investigadores se olharam, e acabaram entendendo o que o outro estava pensado.
     _ Estou satisfeita Rodrigo. Obrigada pela sua colaboração.
     O garoto saiu da sala, e nesse momento os investigadores começavam a conversar entre si.
     _ Diana não poder ter filho e sabendo que a amiga ia ser mãe do homem que ela tenta roubar para ela, pode ter matado a amiga.
     _ Você pensou a mesma coisa que eu Cristian. - Disse Sabrina olhando em um papel e mandando chamar Guilherme que esperava do lado de fora.
     Cristian foi até a porta, chamou por Guilherme e o conduziu até a cadeira de interrogatórios, que por sua vez, assentou-se com tranquilidade.
     _ Bem Guilherme, agora é a sua vez. - Disse Sabrina sorrindo.
***




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