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quinta-feira, 27 de março de 2014

Departamento Central - Assassinatos em Série

Capítulo 5 - Cuidado... Atrás de Você!


     Os policiais se dividiram para invadir a casa todos ao mesmo tempo. Um grupo liderado por Sabrina foi para o fundo da casa, enquanto o segundo grupo; liderado por Cristian; avançava pela porta da frente. Eles seguiam rapidamente para não dar espaço para erros. O grupo de Cristian arrombou a porta e invadiu com tudo. Logo de cara o parceiro de Miguel estava assentado no sofá assistindo televisão e não teve tempo de reagir. Ao avistar aquela quantidade de policial à sua frente, a única reação que ele teve foi colocar as mãos na cabeça e deitar de cara no chão como Cristian havia ordenado. Um dos policias avançou para a cozinha; outro para um dos dois quartos; um terceiro invadiu o segundo quarto; Cristian seguia pelo corredor para vistoriar o resto da casa enquanto um quarto policial ficava de olho no parceiro de Miguel que já estava de joelhos algemado com as mãos para trás.
     O grupo de Sabrina ficou parado nos fundos da casa, pois não havia outra entrada que não fosse pela porta da frente. Cansada de esperar e já impaciente, Sabrina volta para a frente da casa e entra sorrateiramente. Ao entrar ela avista o parceiro de Miguel algemado e acompanhado por um policial; então ela segue avançando e se deparando com os demais policiais que regressavam dos cômodos já vistoriados. Só restava um cômodo que ainda não havia sido vistoriado, e era justamente o que Cristian estava indo olhar.
     O investigador já sabendo que os outros cômodos não havia ninguém, parou de frente para a porta do banheiro e sacou sua arma, e apontando ela para a frente, ele da um chupe na porta que escancara revelando o interior do cômodo. Cristian entra gritando e procurando por Miguel Matarazzo.
     _ Miguel, você está preso! - Completou o investigador ao entrar no banheiro. - Pode sair daí. - Falou ele ao abrir o box e se certificando que o cômodo estava vazio, falou. - Ele não está aqui. E certamente não saiu pela janela, pois ela é minúscula. - O jovem concluiu saindo do banheiro.
     Sabrina pegou um rádio de comunicação e entrou em contato com os policiais que estavam no fundo e laterias da casa.
     _ Como estão as coisas por ai?
     _ Por aqui tudo limpo! - Respondeu um dos policiais de fora.
     _ Vocês não viram ele saindo pela janela não né?
     _ Não Sabrina! - Respondeu o policial novamente. - Se ele estava nessa casa, ele ainda não saiu!
     Então a jovem policial se volta para Cristian que saía do banheiro e vinha na direção dela. De repente eles ouvem um barulho vindo do forro do teto. Sabrina olha para o alto e avista Miguel apontando a pistola para Cristian.
     _ Cristian. - Ela gritou. - Cuidado... atrás de você!
     O jovem virou-se para trás, e antes que pudesse olhar para cima, ocorreu um disparo, e segundos depois um segundo. Cristian sentiu algo bater no seu lado direito na altura do peito, e aquele impacto foi o suficiente para lançar Cristian contra o chão. Já caído e segurando no peito, o policial civil fechou os olhos e parou de se mover. 
     O segundo disparo veio da arma de Sabrina. O projétil da arma dela acertou na mão de Miguel fazendo com que a arma dele caísse no chão, e ainda sob a mira da pistola da investigadora e dos diversos policiais que aproximaram deles, só restou ao suspeito, descer cuidadosamente do forro do teto e se render.
     Um dos policiais ali presente, tomou a frente para algemar Miguel Matarazzo enquanto Sabrina ia socorrer Cristian, mas antes que ela se aproximasse do parceiro, ela ouve um barulho de luta corporal. Ao olhar para trás, a jovem avistou dois policiais encarando Miguel que segurava um terceiro policial  no famoso "mata leão". Os policiais tinham receio de se aproximar, pois o suspeito gritava o tempo todo.
     _ Se vocês se moverem, eu mato ele! - Ele gritava cada vez mais alto. - Não ousem se aproximar.
     Quando Sabrina viu aquilo, uma revolta subiu pele seu corpo; com a cabeça quente ela não pensou outra coisa que não fosse tomar uma atitude rápida. A jovem investigadora sacou sua pistola, e em menos de oito segundo ela apontou, mirou e atirou no ombro direito de Miguel, enfraquecendo-o, e consequentemente dando aos policias a distração necessária para jogar o suspeito no chão e imobilizá-lo. Ainda revoltada e com a pistola em punho, Sabrina aproximou-se de Miguel e apontou a arma para a cabeça dele.
     _ Se você tentar mais alguma gracinha, eu mesma farei questão de dar um tiro na sua cabeça seu desgraçado. - Ela olhava ele nos olhos. - E se o meu parceiro tiver morrido, você não terá para onde fugir, pois eu te caçarei até no inferno se for preciso.
     Os outros policiais saíram com os dois suspeitos algemados, e os conduziram até a viatura que a essa hora já estava estacionada na porta daquela residência. Do lado de fora havia uma multidão de curiosos que aguardavam para saber o que estava acontecendo ali. Já do lado de dentro, Sabrina não quis se aproximar de Cristian e verificar como ele estava, depois de ter visto sangue escorrendo de sua camisa social branca. Ao ver aquele sangue, a investigadora saiu da casa e foi tomar um ar.
     Um dos policiais que havia ficado nos fundos da casa, veio até a investigadora e pediu que ela o acompanhasse. Sabrina seguiu o policial até o fundo da casa, e quando aproximava viu um outro policial cavando um pedaço do quintal.
     _ O que vocês estão fazendo? - Antes de qualquer resposta, ela fez uma segunda pergunta. - Por acaso vocês encontraram um corpo enterrado ai?
     _ Um corpo não! - Respondeu o policial que a conduzia.
     _ O que foi então? 
     _ Encontramos dinheiro enterrado. - Respondeu o policial. - Muito dinheiro dentro de sacos de lixo.
     Nesse momento um pensamento veio até a cabeça de Sabrina, e ela como boa investigadora, começou a puxar um grande fio de investigação.
     _ Meu departamento está investigando assaltos ocorridos na região leste dessa cidade. - Ela dizia enquanto se aproximava do buraco que os policiais cavavam. - Provavelmente Miguel também está envolvido nesses assaltos. Vamos ver o quanto esse Miguel Matarazzo está enterrado nessa lama toda!
     A investigadora pegava o celular para ligar para a delegacia, quando seu celular começa a tocar. Ela olha para a tela e confere quem ligava para ela.
     _ Fala Fred!
     _ Sabrina, encontraram um corpo de uma mulher de trinta e quatro anos jogado em uma caçamba de lixo nos fundos de uma lanchonete. Provavelmente ela era garçonete da lanchonete.
     _ E por que você está me ligando? - Dizia ela se aproximando da entrada da casa. - Eu já estou em um caso, não posso assumir outro por agora.
     _ As características da morte dessa vítima bate com o homicídio de Eloíse.
     _ Fale pra mim quais são as características da morte dessa segunda vítima! - Falou Sabrina curiosa.
     _ Ela foi morta com uma facada no pescoço, e o local onde ela fora encontrada estava encharcada de sangue. Sangue esse que saiu de todos os orifícios do corpo dela.
     _ Qual foi o horário da morte?
     _ Ainda não sei. - Ele digitava do outro lado da linha. - Você e Cristian estão sendo solicitados na cena do crime. - Ele pausou e depois continuou. - Dr. Roberto está na cena do crime e aguarda por vocês dois.
     Nesse momento Sabrina lembrou que Cristian estava caído no chão da casa e que por alguns minutos se esquecera dele. Quando ela entrou na casa e foi procurar pelo parceiro, ele não estava mais lá. Desesperada ela saiu daquele lugar e procurou por um policial que pudesse lhe dar informações.
     _ Você sabe o que aconteceu com o meu parceiro que foi atingido?
     _ Não sei direito. - Falou um policial. - Só sei dizer que uma ambulância veio e saiu com ele às pressas. Pelo jeito que saíram, o caso era grave.
     _ Eles falaram alguma coisa?
     _ Não! Só fizeram uma cara feia quando colocaram ele na ambulância.
     _ E para onde o levaram?
     _ Isso você vai ter que descobrir sozinha. - Respondeu o policial. - Pois eu não faço a menor ideia.
     Um temor tomou conta do coração de Sabrina. Ela não conseguia acreditar que no segundo dia de trabalho o seu parceiro havia tomado um tiro. E o pior de tudo... ela não sabia como ele estava e nem pra onde havia sido levado.
     _ Será que Cristian morreu? - Disse Sabrina e logo em seguida deu tapinhas em sua própria boca no intuito de afastar o mau daquelas palavras.
***



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