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domingo, 13 de abril de 2014

Departamento Central - Assassinatos em Série

Capítulo 19 - Oculto Como Um Fantasma



     Cristian e Mirella correram até o estacionamento da delegacia e pegaram uma viatura! Cristian ligou a sirene e então eles saíram em disparada a caminho da casa de Sabrina. Os dois investigadores atravessavam os cruzamentos das ruas em alta velocidade; sem sequer reduzir um pouquinho só da velocidade; pois cofiavam na sirene que soava sem parar. Assim que a viatura parou em frente a portaria do prédio de Sabrina, e os investigadores desceram com as pistolas em punho, o porteiro abriu o portão imediatamente.
     _ Você tem a chave reserva dos apartamentos? - Cristian perguntou ansioso.
     _ Eu não tenho! - Afirmou o porteiro. - Mas a síndica tem.
     _ E onde está a síndica? - Mirella perguntou aflita!
     _ Ela está no apartamento dela. - Dizia o porteiro. - O problema é que ela é um pouco velha e quase surda.
     Cristian puxou Mirella pelo braço e saiu correndo em direção ao elevador. Apertaram o botão do andar do apartamento de Sabrina e aguardaram o elevador levá-los até o andar esperado. Assim que o elevador abriu a porta, os dois saíram correndo em direção ao apartamento de Sabrina, e antes mesmo de verificar se a porta estava destrancada, Cristian deu um chute. A porta abriu, mas travas de segurança impediram-na de abrir completamente. Cristian começou a gritar por Sabrina, enquanto vizinhos começavam a sair de seus apartamentos assustados com o barulho. Mirella avisava a todos que eles eram policias e que deveriam entrar para suas casas por questão de segurança. Cristian continuava gritando por Sabrina, e quando ele engatilhou a arma para efetuar um disparo nas travas de segurança, Sabrina aparece na sala só de toalhas portando a pistola em punho. Naquele momento uma sensação de paz caiu sobre Cristian, fazendo com que ele desse um leve sorriso de alívio. Mirella olhando para Cristian, correu para próximo da porta e avistou Sabrina, então ela entendeu que Cristian percebeu que tudo estava bem!
     _ Mais o que significa esse circo todo? - Disse Sabrina se aproximando da porta do apartamento e retirando as travas da porta. - Quem fez isso com minha porta vai ter que me dar uma fechadura nova.
     _ Sabrina, ainda bem que você está segura! - Cristian disse aliviado.
     _ E por que eu não estaria?
     _ Descobrimos que Fred é o assassino.
     _ Como vocês descobriram isso Cristian?
     _ A Mirella investigou sobre aqueles garotos, e descobriu que o parceiro de Guilherme no orfanato era Fred.
     _ Mas isso não explica vocês terem vindo aqui e terem feito esse circo todo.
     _ Explica sim, pois descobrimos que você...
     _ Cristian! - Mirella deu um grito interrompendo Cristian; impedindo que ele contasse para Sabrina que ela era adotada. - Fique calmo.
     _ Descobriram que eu o que? - Sabrina perguntou curiosa. - Digam logo.
     _ Descobrimos que você tem um caso com o Fred, e que então ele poderia estar aqui querendo te matar!
     _ E por que ele me mataria? - Sabrina perguntou surpresa. - Eu não me enquadro em umas das características do assassino.
     _ E qual característica é essa? - Mirella perguntou ansiosa pela resposta.
     _ Eu não sou adotada! - Sabrina afirmou convicta do que dizia. - Para que ele tentasse me matar, eu teria que ser adotada e ter morado no Orfanato Raio de Luz.
     Nesse momento Cristian e Mirella se olharam e tiveram a certeza de que os pais de Sabrina não haviam contado, que ela era filha adotiva. E não seria eles quem iriam contar! Sabrina seguiu até o quarto dela para vestir uma roupa, enquanto Cristian e Mirella se serviam de suco natural de laranja e se assentavam no sofá da sala. Eles riam e conversavam, quando ouviram um grito vindo do quarto de Sabrina. Nesse exato momento os dois investigadores sacaram suas pistolas dos coldres e correram em direção ao quarto da parceira deles. A porta do quarto de Sabrina estava aberta, e quando Cristian e Mirella entraram, se depararam com Fred apontando um arma para a cabeça de Sabrina. Ele a fazia de escudo humano para se proteger dos policiais.
     _ Não deem nem mais um passo! - Disse Fred nervoso. - Coloquem suas armas no chão e chutem para mim.
     _ Acalme-se. - Disse Cristian abaixando a pistola e colocando-a no chão. Logo em seguida Mirella fez o mesmo, e então o garoto chutou as duas pistolas para Fred. - Pronto! Estamos desarmados, você pode soltar a Sabrina agora.
     _ Não é tão simples assim! - Dizia Fred. - Quero que vocês sigam para a sala. - Ele dizia caminhando na direção dos policiais empurrando Sabrina em sua frente. - Quero que coloquem algo na frente dessa porta para fechá-la e sentem-se no sofá!
     Cristian e Mirella fizeram como ele mandara. Colocaram um obstáculo em frente a porta da sala e assentaram os três no sofá. Fred ficava de pé próximo da porta encarando os três investigadores.
     _ Por que você está fazendo isso Frederico? - Sabrina perguntou confusa.
     _ Não me chame assim! - Disse Fred também confuso com aquilo tudo. - Vocês não me deram outra alternativa.
     _ Você tem uma alternativa sim! - Disse Cristian. - Você pode ir embora e nos deixar aqui!
     _ Cale a boca seu idiota! Vocês acha mesmo que vou fazer isso? - Ele dizia furioso. - Assim que eu sair vocês vão pedir reforço e me caçar. Sem tempo para fugir, eu serei pego. - Ele começava a andar de um lado para o outro. - Eu vou matar todos vocês! Depois eu fujo. Quando descobrirem seus corpos, eu já estarei longe.
     _ Por que você está fazendo isso Fred? Não acredito que você é o assassino!
     _ Bem vindo à realidade Sa! Fui eu mesmo quem matou todas aqueles garotas - Enquanto ele dizia isso, Mirella colocava a mão no bolso de forma que ninguém percebeu.
     _ Você tem a cara de pau de confessar que foi você quem matou Eloíse, Larissa, Lorena e Laura? - Mirella perguntou olhando nos olhos dele.
     _ Sim! Confesso. Matei mesmo e vou continuar matando. - Ele sorriu. - E o melhor de tudo, que ninguém vai saber que fui eu, pois vou acabar com as únicas pessoas que sabem que o assassino sou eu. Depois vou sumir com a pasta do caso, destruir qualquer prova e então ficar livre.
     _ Mesmo que nos mate, você não sairá tão livre assim! - Dizia Cristian. - O Dr. Roberto sabe de tudo. Sem falar no escrivão. - Cristian sorriu. - Você terá que matar muita gente, e ainda assim não ficará impune.
     _ Cale a boca! Você será o primeiro! - Disse Fred apontando a arma para Cristian. - Então o jeito será matar vocês três e sumir!
     Nesse momento Mirella começou a tossir alto, forte e sem parar. Ele estava engasgando e ficando com o rosto vermelho.
     _ Preciso de água! - Dizia Mirella fingindo passar mal. - Preciso tomar um pouco de água!
     _ Vá e pegue sua água. - Disse Fred. - Não quero que morra aí assim. Eu quero ter o prazer de matar você.
     Mirella levantou-se e foi até a cozinha. Da porta Fred ficava de olho na movimentação dela e nos outros dois que estava na sala. De repente o celular de Mirella começa a tocar. Nesse momento Fred sai correndo em direção a cozinha para pegar o celular dela.
     _ Sua vagabunda, você está com um celular! - Dizia o Fred enquanto corria loucamente.
     O assassino chegou por trás de Mirella,  quando ele se preparava para colocar a arma na cabeça dela, Cristian o acertou com um vaso de porcelana. O assassino deu uma leve cambaleada, e quando ele se virou para Cristian, Mirella o acertou na cabeça com uma frigideira de ferro. Nesse momento Fred foi ao chão.


     Quando Fred abriu os olhos, suas mãos estavam algemadas para trás. Sabrina, Mirella e Cristian o encaravam com um sorriso de satisfação no rosto. Alguém bateu na porta, e então Sabrina foi atender. Assim que ela a abriu, cinco policias civis entraram, levantaram Fred do chão e o colocou em pé; quando iam saindo, Cristian pediu que eles esperassem.
     _ Frederico, você está preso em flagrante por cárcere privado e tentativa de tripo homicídio. Preso pelo assassinato de Eloíse, Larissa, Laura e Lorena.
     _ Você não pode provar que fui eu quem matou as garotas! - Disse Fred sorrindo.
     _ Na verdade podemos sim! - Mirella dizia retirando o celular do bolso e acionando um botão. Após isso o celular começou a reproduzir a voz de Fred confessando o assassinato das garotas. - Eu gravei você confessando os assassinatos. - Ela sorria. - Além das acusações que o Cristian te disse. - Ela dizia com calma. - Você também está sendo acusado de implantar sistemas corruptos na delegacia e ter cópias e acesso a áreas restritas a você! Resumindo. Você está sendo acusado de hackear o Departamento Central.
     _ Você não pode provar isso!
     _ Posso sim! - Ela continuava dizendo. - Na verdade já consegui as provas acessando seu computador! Fui eu quem deu pau no seu computador depois de fazer uma cópia de tudo que estava nele. - Mirella olhou para os policiais que seguravam Fred. - Podem levá-lo.
     Depois que Fred foi conduzido pelos policiais, Cristian e Sabrina encararam Mirella.
     _ Aqueles homens de terno que estavam hoje cedo na delegacia... - Dizia Cristian. - ...quem eram eles?
     _ Eles eram policias corregedores.
     _ Você fez uma denúncia para a corregedoria? - Sabrina perguntou encarando Mirella.
     _ Na verdade não! - Dizia Mirella sorrindo. - Eu cheguei para esse delegacia justamente para investigar sobre denúncias de policiais corruptos.
     _ Você faz parte da corregedoria? - Dizia Sabrina surpresa e interrompendo a parceira. - O Dr. Roberto sabia disso?
     _ Não. Ninguém sabia! Eu agi infiltrada para descobrir. Se eu chegasse anunciando quem eu era, dificultaria o meu trabalho. - Ela encarava Cristian e Sabrina. - Não tínhamos ideia de quem deveríamos suspeitar; então todos eram suspeitos. Por isso me infiltrei até descobrir.
     _ Então você é uma corregedora! - Cristian afirmou olhando para Mirella.
     _ Mais que isso garoto! - Disse Mirella olhando para Cristian com carinho fraterno.
     _ Mais que isso? - Disse Sabrina surpresa com aquelas palavras. - O que seria ser mais que uma corregedora infiltrada?
     _ Eu sou a corregedora chefe daqueles homens de terno que vocês viram hoje! - Ela sorriu. - Eu sou delegada!
***





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