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sexta-feira, 11 de abril de 2014

Departamento Central - Assassinatos em Série

Capítulo 17 - Residentes de Um Mesmo Lar




     Cristian, Mirella e Sabrina chegaram na delegacia apressados e com muita vontade de ter a resposta que esperavam do Sr. João. Eles foram direto até a cela onde o velho se encontrava e o acharam deitado em sua cama.
     _ Bom dia Sr. João! - Disse Sabrina se aproximando da grade da cela com cuidado. - Precisamos de uma resposta do senhor.
     _ O que vocês querem tão cedo aqui na delegacia? E ainda por cima vêm me incomodar.
     _ Precisamos saber algo a respeito de sua filha. - Afirmou Cristian olhando para o velho.
     _ O que vocês querem saber?
     _ Gostaríamos de saber se a Eloíse fora adotada. - Sabrina respirou fundo e continuou. - Ela era sua filha adotiva?
     _ Por que isso agora? Qual diferença isso faz?
     _ Faz toda a diferença. - Disse Cristian. - Pois ocorreram vários outros assassinatos, e todos seguiram um padrão. Precisamos que nos dê sua resposta para que possamos confirmar esse fato.
     _ Sim! Eloíse era adotada.
     _ Isso confirma nossa suspeita. - Disse Sabrina olhando para o velho. - Obrigada!
     _ De qual orfanato o senhor a tirou? - Mirella perguntou olhando para aquele homem.
     _ Ela era recém nascida quando eu fui buscá-la. Ela tinha sido cadastrada no Orfanato Raio de Luz.
     _ Obrigada. - Respondeu Mirella.
     Os três investigadores saíram das alas das celas e seguiram para a recepção da delegacia, e ali começaram a conversar.
     _ Precisamos ir novamente no legista para saber se ele concluiu o relatório. Quem sabe ele tem alguma novidade para nós.
     _ Vamos com você Sabrina. - Disse Cristian.
     _ Não! Vão vocês dois. Eu vou entregar as novas informações para Dr. Roberto, para que ele possa pedir ao juiz o mandado de prisão provisória de Guilherme, e também vou fazer umas pesquisas ali no computador. Acredito que temos algo muito importante para descobrir.
     Os investigadores se separaram e seguiram para onde eles pretendiam. Sabrina e Cristian abria a porta da sala do legista, e ele já estava lá examinando os corpos das vítimas idênticas. 
     _ Bom dia Dr. Samuel. Começou trabalhar cedo né? 
     _ Bom dia Cristian. Eu já estava de plantão, então não fez muita diferença.
     _ Você tem alguma coisa importante para nos dizer?
     _ Sim Sabrina. - Disse o legista. - Eu coletei amostras de DNA das vítimas e mandei para análise. Provavelmente o resultado já deve estar pronto. Acredito que essas vítimas seja irmãs gêmeas apesar de sobrenomes diferentes.
     _ Também achamos a mesma coisa. - Disse Sabrina. - O sobrenome diferente é porque elas eram órfãs e foram adotadas por pais diferentes, e registrada com o sobrenome deles.
     _ Então faz sentido o meu raciocínio. - Dizia o legista. - As duas vítimas foram esfaqueados pelo mesmo tipo de faca usada contra as primeiras vítimas. Essas duas levaram a facada no coração; diferente das outras que foram cada uma em um lugar diferente.
     _ O assassino deve ter julgado que por serem iguais na aparência, elas deveriam morrer da mesma forma.
     _ Pode ser Cristian. - Falou Samuel. - A questão é que como nas outras vítimas, o motivo da morte não foi a facada, e sim a hemorragia. 
     _ O que explica o motivo da facada então?
     _ Não sei Sabrina. Talvez para que seja registrado como a marca dele. - Disse Samuel.
     _ O que causou essa hemorragia?
     _ Eu coletei sangue das vítimas e mandei para análise no laboratório. Vocês podem passar lá e pegar o resultado. - Dizia o legista. - No mais, não tem novidades nenhuma, tudo como as outras.
     _ Obrigado. - Disse Cristian saindo da sala com Sabrina.
     Os investigadores passaram no laboratório e pegaram os resultados. Sabrina abriu o que era referente a análise dos sangues de todas as vítimas, e Cristian abriu o exame referente ao DNA das duas últimas. Eles liam com cuidado e atenção. Até que Cristian sorriu e disse em voz alta.
     _ Elas são irmãs. - O garoto continuava sorrindo. - São irmãs gêmeas. Provavelmente foram separadas no orfanato. Por isso o Sr. Jorge não sabia da existência da irmã da filha adotada. - O investigador encarava Sabrina. - Lorena Mercedes e Laura Lima são irmãs gêmeas. Por isso morreram da mesma forma.
     _ Segundo o resultado do exame de sangue das vítimas... - Sabrina falava enquanto lia. - ...todas tinham índices elevadíssimos de duas substâncias aqui. Só não sei o que é isso.
     _ Eu nem vou olhar porque não sei nada disso. - Disse Cristian entregando o exame de DNA para Sabrina afixar na pasta. - Acho melhor a gente voltar até o Dr. Samuel e perguntar para ele o que são essas substâncias.
     _ Isso! - Disse Sabrina indo na direção da sala do legista.
     _ Olá novamente. - Disse Sabrina para o legista. - Voltamos porque vimos duas coisas no resultado que não sabemos identificar o que são.
     _ Deixe-me dar uma olhada. - Disse o legista pegando o resultado das mãos de Sabrina e analisando. - Hum... interessante. Vejo que elas são irmãs gêmeas.
     _ Não é esse resultado não! - Disse Cristian impaciente. - É o outro.
     _ Calma. Vou analisar. Tenham calma, por favor. - Ele mudava de exame e continuava avaliando. - Muito bem! - Disse ele sorrindo. - Essas substâncias aqui são outros nomes referentes a anticoagulantes e antiinflamatórios. - O legista continuava lendo com calma. - Então está explicado o motivo das hemorragias.
     _ O que explica isso? - Sabrina perguntou curiosa.
     _ Não é recomendável o uso dessas duas substâncias juntas, pois unidas podem causar hemorragias. O grande problema, é que foi introduzido no corpo das vítimas, uma dose super cavalar das duas substâncias misturadas. E o resultado, foi o que vocês viram.
     _ O assassino tem livre acesso a essas substâncias. - Cristian falava revoltado. - São fáceis de conseguir na farmácia.
     _ Isso é um fato, e um grande problema para nós. - Disse Sabrina concordando com o Cristian e saindo com o garoto da sala carregando os dois relatórios. 
     Quando eles passavam em frente a sala de Dr. Roberto, o delegado chamou por eles.
     _ Bem, chamei vocês para dizer que o mandado de prisão acabou de ser expedido pelo juiz. - Ele pegava um papel em cima da mesa e entregava para Cristian. - Vão agora mesmo e prendam aquele sujeito.
     Os investigadores não disseram nada. Saíram da sala do delegado e seguiam em direção ao CPD; local onde Mirella estava fazendo umas pesquisas. Quando eles iam abrir a porta, Fred saiu da sala, esbarrou em Cristian e não disse nada. Os dois entraram e avistaram Mirella assentada em um dos dois computadores na entrada da sala, enquanto os outros dois parceiros de Fred a olhavam e viajavam na habilidade da investigadora.
     _ Mirella, precisamos cumprir um mandado de prisão. - Disse Sabrina olhando para a garota. - O que aconteceu com o Fred que ele saiu daqui com uma cara horrível?
     _ O computador dele deu problemas. - Disse um dos companheiros dele. - Parece que ele perdeu tudo que estava salvo na memória do computador.
     _ E aonde ele foi?
     _ Não sei Cristian. - Disse o outro. - Provavelmente ver se consegue solucionar esse problema.
     _ Cristian, Sabrina, cheguem aqui! - Disse Mirella. - Venham ver o que descobri.
     Os dois investigadores seguiram para atrás de Mirella e olharam para a tela do computador, enquanto ela mexia nele e começava a dizer.
     _ Olha só. - Ela dizia apontando para a tela. - Eu pesquisei nos arquivos do Orfanato Raio de Luz e descobri que todas as vítimas foram cadastradas lá. Elas foram adotadas em datas diferentes, mas a que menos morou lá, ficou um mês. - Ela falava calmamente. - O nosso assassino tem essa informação. Ele sabia que todas eram adotadas e que foram moradoras do Orfanato Raio de Luz. Então baseada nessas informações, procurei por qualquer tipo de ocorrência vinda daquele lugar. - Ela olhou os parceiros e sorriu. - E adivinhem só o que encontrei? - Ela pausou, voltou o olhar para o computador, digitou alguma coisa e uma tela abriu. - Constam algumas ocorrências de violência de garotas contras dois meninos. Eu olhei as características das garotas, e elas batem quase perfeitamente com as nossas vítimas. A data da ocorrência é muito anterior à presença das nossas vítimas, mas o assassino de alguma forma está se vingando das meninas que moraram naquele orfanato e que são parecidas com as prováveis agressoras dele. 
     _ Isso foi uma descoberta incrível. - Disse Cristian olhando para Mirella e sorrindo.
     _ Qual é o nome dos garotos? - Sabrina perguntou curiosa.
     _ Aí que está o problema. - Disse Mirella mexendo no computador. - Os nomes deles foram apagados do sistema.
     _ E como vamos descobrir isso agora?
     _ Calma Sabrina. Eu consigo recuperar esses dados. - Ela olhou tranquilamente para a parceira. - Só preciso de um pouco mais de tempo.
     _ Então isso vai ter que ficar para mais tarde. - Disse Sabrina retirando o mandado de prisão da pasta. - Temos que ir agora mesmo prender Guilherme.
     _ Então vamos. - Disse Mirella. - Descubro esses nomes mais tarde.
***




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2 comentários:

  1. Sensacional... a cada cap. eu fico mais vidrado em DC \o/\o/

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    1. Reta final neh! Mesmo assim... DC promete surpreender muito ainda!

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